domingo, 22 de março de 2009

Uma comparação entre a web 1.0 e a web 2.0



As características que diferenciam a web 2.0 da sua “versão” anterior ficam cada vez mais evidentes com o passar do tempo e a disseminação de novas ferramentas tecnólogicas. A lista apresentada abaixo pretende resumir algumas dessas características.

Porém, ao contrário do que a lista pode sugerir, não há uma separação tão rígida entre os dois modelos. A web 2.0, como tudo em tecnologia, é antes o produto de uma evolução incremental e não de uma ruptura. Como essa evolução é ininterrupta, já se fala numa web 3.0, sem que ainda se saiba claramente o que isso significa e muito menos a “data” de nascimento do novo modelo.

O mais importante é perceber as mudanças trazidas por essas transformações ao hábito de navegar na internet, ao modo como lidamos com o mundo virtual como um todo. Chegamos a uma fase em que as pessoas podem revolucionar o uso da tecnologia tão rapidamente quanto essa mesma tecnologia transforma a vida de cada um.

Investigar esse impacto recíproco é algo que se situa na fronteira entre as pesquisas tecnológicas e os estudos sociológicos. Nesse campo, há muitas perguntas a responder. Uma delas, por exemplo, é saber até que ponto a autonomia concedida atualmente para que os usuários produzam conteúdo também contribui para o estresse informativo de que muitas pessoas já se queixam. Em outras palavras, como dar conta de tanto conteúdo disponível? E como os jornalistas podem ajudar as pessoas a atravessar essa selva?




web 1.0
  • · Web como canal
  • · Software fechado

  • · É resultado da primeira fase da massificação da web como mídia




  • · Aposta no conceito de audiência


  • · Muitos produtores de conteúdo para uma grande massa de usuários

  • · Conteúdo gerado por provedores, geralmente empresas ou organizações

  • · A produção de conteúdo pelo usuário esbarrava em barreiras tecnológicas e em direitos de propriedade


  • · O provedor definia o que é relevante

  • · Usuário era receptor passivo, com poucas possibilidades de interferir no que é transmitido

  • · Usuário com participação limitada (embora bem maior do que nas mídias existentes até então)

  • · Classificação de informações por taxonomia

  • · Distribuição de fotos e vídeos limitada pela baixa disseminação do acesso em banda larga;

  • · Empresas lucravam com distribuição de software


web 2.0
  • · Web como plataforma
  • · Programas com código aberto

  • · Beneficiou-se da disseminação do acesso em banda larga e de novas tecnologias, como “webcams” e máquinas fotográficas digitais.

  • · Aposta no conceito de comunidade

  • · Uma grande massa de usuários que são também produtores de conteúdo

  • · Depende em grande parte dos usuários para gerar conteúdo


  • · O usuário pode recombinar e recontextualizar a informação que recebe, até como base para a produção de novas páginas ou sites.

  • · O usuário define o que é relevante

  • · O usuário pode editar, modificar, classificar e opinar sobre o que é transmitido

  • · Ampla colaboração dos usuários



  • · Classificação de informações por folksonomia

  • · Ampla distribuição de fotos e vídeos

  • · Empresas lucram com distribuição de serviços

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